terça-feira, 10 de abril de 2012

Eu, Artur e Jeneci




"De: Caroline
Para: Artur

Bom dia!
Sonhei com o Marcelo Jeneci! No meu sonho ele tocava na sacada da casa da minha vó! Lá em baixo todo mundo cantava junto "dar-te-ei". Depois eu pedia pra tirar uma foto com ele e com a Laura e eles me chamavam de "Carolzinha", num clima de intimidade como as minhas orientadoras do estágio fazem. Comecei a conversar com o Jeneci e ele me falava que não estava bem, que estava triste. Eu não respondi nada, só olhei pra ele e tentei confortá-lo no silêncio.
Acho que preciso fechar essa gestalt de falar com o Jeneci!"

Semana passada, no dia 20, eu voltava de uma semana incrível no Rio de Janeiro. Sabia que mesmo depois de segundos longe do Artur eu já sentiria falta dele. E foi assim.
Na escala que meu vôo fez em São Paulo comecei a escutar o álbum "Feito pra Acabar", do Marcelo Jeneci, porque meu amor pelo Artur tinha como pano de fundo músicas como "Felicidade", "Tempestade" e "Pra sonhar".
Me distrai olhando a janela, e quando voltei minha atenção para as pessoas que entravam no vôo tive a grande surpresa de ver que ele, Marcelo Jeneci estava entrando. Olhei para o lado e enxerguei a Laura também!
Uma alegria muito grande tomou conta de mim.
Então comecei a lembrar da minha conversa com o Artur no dia anterior. Falei que iria ver o show do Marcelo Jeneci no Se Rasgum em Belém, e o Artur me falou: "Ah, manda um recado pra Laura! Diz que ela é muito talentosa!".
Ao lembrar de tudo isso, ri com a possibilidade desse recado se tornar real. Mas durante a viagem não tive a coragem de dar alguns passos em direção ao Jeneci, e contar pra ele que sua música me tocava de uma forma incrível, e agradecê-lo pelas composições!
Cheguei em casa e não descansei até a hora de ir para o Se Rasgum.
Haviam poucas pessoas no show do Jeneci, mas sei, sem sobra de dúvidas, que todos que estavam ali estavam ligados de alguma forma com tudo que este cantor resolveu escrever num papel e transformar em algo que chamamos "música". Lembro de ter visto vários casais se abraçando. Meu professor Emanuel, que no seu casamento tocou, timidamente "Dar-te-ei," também estava lá abraçado com sua esposa. Todos juntos, ali, formavam um clima agradável de amor.
Chorei! Minha primeira lágrima foi tímida, mas depois, com o passar das músicas, foi tomando forma e aumentavam na mesma proporção que o amor que sentia pelo Artur ia pulsando no meu peito junto com a saudade!
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Passado alguns dias depois do show, fiquei pensando que tudo isso que vivi devia ser dito de alguma forma pra você.
O Artur diz que é muito gratificante pra um músico ser reconhecido pela sua música e eu fiquei pensando o quanto eu deveria ter dito isso e não disse!
Só quero que saibas que sua música é importante pra mim. Te agradeço por elas!