quinta-feira, 17 de julho de 2014

A ressaca

Muito pior por lembrar do que disse, mas o que disse também é parte do que sou, do que quero. Muito pior por assumir o peso sóbrio do que disse.

terça-feira, 15 de julho de 2014

Hoje convencionou-se ser o dia do homem. Então, por pura admiração, quero dar minha contribuição ao dia. Levei um tempo pra descobrir a beleza do homem. Isso porque parece-me que a poética feminina é mais ressaltada dentro de versos, ou se encaixam melhor entre as estrofes que falam do seu cheiro, da sua fragilidade, da mãe, da mulher contemporânea. O homem é mais quadrado e não entra tal facilmente nas estrofes. Eis, então, do que gosto. Gosto dos ombros largos, das barbar mal-feitas, do suor. Gosto do jeito simples, das decisões fáceis, das coisas retas. Homem tem um jeito tão mais fácil de lidar com a vida.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Dei uma olhada rápida pro seu pulso, enquanto falava do quanto o último jogo da seleção mexeu comigo, e vi que usávamos a mesma pulseira. Não é surpresa pra mim que nós fossemos parecidas em alguma coisa, há duas sessões de terapia caminhávamos no mesmo ritmo.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Mostrar-se

Não sei ao certo se é esta a denominação para o movimento que ando vivenciando. Talvez eu pudesse escolher outros títulos tão verdadeiros quanto. Olhar-se. Descobrir-se. Compreender-se. Expressar-se. O fato é que ando me compreendendo mais, desvelando-me. Sei o que quero, como quero, a intensidade que quero. Desejo a liberdade do semi-nu, porque também não quero o nu. Desejo o desejo do outro, mas só se ele me desejar por seu próprio querer. Não o quero por pressão, por cálculos. Quero observar o movimento da onda, e entrar nela, se ela me quiser também. A natureza também tem desejo. Quero a montanha russa, a lupa de visão sensível, a cachoeira, a flor rosa e amarela. Sou tudo isso.