A voz começou a ficar cada vez mais baixa, não por vergonha ou por vontade de não falar tudo aquilo, mas porque o que se dizia era tão importante e a tocava tanto que o nó na sua garganta e a vontade iminente de chorar obrigavam-na a diminuir o tom de voz, como se tudo aquilo lhe empurrasse para dentro de si.
Aquela sessão não fora diferente das outras, há tempos sentia que aquele discurso retilíneo e coerente escondia dentro de si as reais causas de toda aquela dor que sentia.
A sensação de estar incompleta era tamanha, e já fazia tanto tempo, que havia se acostumado com a idéia de ser só no mundo. Um lugar seguro. Porém, começar a falar dessa solidão abriu espaço para relembrar cada pedaço perdido. Foi quando começou a chorar.
Colocou a mão no peito, como que tentando acalmar seu coração, que agora batia descompensadamente.
Teus textos estão muitos bons!
ResponderExcluirpedir permissão pra viver é mais difícil do que parece. AMEI.
ResponderExcluirEstive já por aqui e cá estou outra vez. Belo espaço para as letras, para a poesia, para o pensamento... para tornarmos mais claros nossos caminhos! Ao mesmo tempo em que te mobilizo para removermos este triste índice de 2 livros/ano por leitor brasileiro (na Argentina são dezoito livros/ano),
ResponderExcluirte convido a conhecer meus romances. Em meu blog, três deles estão disponíveis inclusive para serem baixados “de grátis”, em formato PDF.
Um grande abraço e boa leitura!